O cicloturismo é um ramo que vem crescendo com força total. Já consolidado na Europa há anos, este tipo de turismo vem ganhando força no Brasil com a popularização do ciclismo. Países como Itália, França, Espanha e Portugal são destinos conhecidos e muito procurados pelo mercado, principalmente pela tradição que têm no esporte. Vale ressaltar que dentro do mercado do cicloturismo há vários ramos, como o esportivo e o de lazer, que estão relacionados com a forma como o ciclista vive o esporte.
O segmento conhecido como cicloturismo esportivo é aquele no qual os atletas preferem se desafiar e se aventurar no esporte em si, geralmente para alcançarem metas pessoais. Estes procuram destinos mais radicais e aventureiros como as regiões de montanhas nos Alpes e Dolomitas ou lugares que consigam unir a viagem com provas como Giro d’Italia e Tour de France.
Já o cicloturismo de lazer é voltado para um novo modo de viajar, para fazer amigos e adquirir experiências. Nesse modelo, os atletas buscam lugares aos quais eles se identifiquem, um exemplo marcante é a Toscana, na Itália.

Independente do tipo de turismo escolhido, pedalar durante a viagem é sempre uma vivência nova. A ciclista da Soul Race, Dani Mattos, já viajou para diversos lugares com a bike, como Toscana, Bourdeaux, Dordonha, Piemonte, Chile, NY, Porto e outros. Para ela, cada viagem é uma novidade. “A parte mais legal dessa experiência com o cicloturismo é fazer novas amizades. Você acaba dividindo o suor, as experiências, o pneu furado, o gatorade, etc. Cada dia é uma nova experiência”.
Além disso, as viagens de cicloturismo também podem ser feitas em família. De acordo com Cecília Rocha, sócio-fundadora e atualmente diretora da Italy Bike Tour, “a maior parte das viagens prevê a atividade esportiva pela manhã, com retorno para o almoço. Desta forma, o ciclista terá a manhã para se dedicar ao pedal, retornando para o almoço em família e atividades nos arredores”.
É possível dividir o tempo para curtir o pedal e ainda aproveitar um programa com os filhos, marido e esposa. “é uma maneira das famílias interagirem e também se encantarem pelo ciclismo”, brinca Dani, que já está se planejando para levar a família para Orlando, na próxima Soul Race Trip, em março.
Assim como ainda há incertezas sobre o cicloturismo, muita gente ainda não conhece ou tem dúvidas sobre esse “novo” modelo de viagem. Por isso é importante que existam ações que expliquem e incentivem essa prática.

É nisso que acredita Gianluca Catignani, bike guide da agência especializada em viagens de cicloturismo, Bike Division, “Campanhas de comunicação explicando melhor o que é cicloturismo são importantes, destacando como é inovador conhecer lugares de uma maneira distinta, ativa e com um impacto ambiental positivo”.
A Soul Race acredita nessa proposta, por isso trabalha com os Soul Race Trips, que acontecem em diversos países, como Itália, Portugal e EUA. “Movimentos como a Soul Race Trip são essenciais para o desenvolvimento deste setor. Eles são o elo entre a operadora e o ciclista, pois são os leitores das necessidades e exigências dos clientes”, afirma Cecília, da Italy Bike Tour, parceira SR em Portugal.

Para fechar, pedimos algumas dicas aos nossos entrevistados para você se preparar para sua viagem no pedal:
- Defina seu tipo de pedal (lazer ou esportivo)
- Procure empresas que conheçam o ramo, de preferência indicadas por quem já fez esse tipo de viagem
“Primeiro penso que a pessoa precisa definir o tipo de pedal que quer fazer. Definido o destino da viagem e o foco, procurar empresa séria, que já conheça bem o destino, que vai lhe oferecer suporte operacional, guias ciclistas, informações das distâncias percorridas por dia, etc”, diz a atleta Dani Mattos.
- Pesquise sobre as regras de trânsito do lugar escolhido
- Prepare sua mala. Leve roupas e acessórios extras, para não passar sufoco
“Os cuidados principais são sempre respeitar as regras de trânsito. Em alguns países, como a Espanha, o ciclista é multado na hora se não observar as regras do trânsito e mobilidade. Outro fator importante é escolher roupas adequadas para os pedais, até de maneira preventiva para eventos inesperados, sobretudo quando se pedala nas altas montanhas como Alpes e Dolomitas”, garante o experiente Gianluca.
- Procure sempre referências de pessoas em quem você confie na hora do pedal
- Pesquise e se aconselhe sobre empresas especializadas na área
“A melhor forma é procurar o referente do seu próprio grupo de pedal ou treinador. Eles poderão te auxiliar na escolher” fecha, Cecília Rocha.
Além disso, o mais importante de tudo: divirta-se. Pedale, aproveite muito, sinta o vento, faça novas amizades, explore tudo que conseguir. Curta a experiência ao máximo possível!